Mês de agosto é o mês de conscientização da violência contra a mulher e de maneira bem propícia, hoje (26/08) celebramos também o Dia Internacional da Igualdade Feminina, que vem não só para comemorar as conquistas que as mulheres já tiveram, mas também para nos lembrar de que precisamos continuar buscando melhorias, sejam elas no mercado de trabalho, na política ou na busca por direitos básicos, como respeito e igualdade.

Por que lutar pela igualdade Feminina?
“Estudos apontam que apesar das conquistas observadas nas últimas décadas, tanto em termos de direitos políticos quanto da crescente participação das mulheres no mercado de trabalho, desigualdades de gênero ainda persistem em vários aspectos da vida social, sendo o econômico talvez um dos mais visíveis. Dentro desse contexto, estão fenômenos como as diferenças salariais entre homens e mulheres que desempenham as mesmas funções; a segregação sexual no mercado de trabalho; a inserção feminina em empregos mais precários; bem como a sobrecarga nos trabalhos domésticos”, destaca a professora Patrícia Grossi, docente da Escola de Humanidades da PUC-RS e pesquisadora na área de violência de gênero e políticas públicas.
Desigualdade no Mercado de Trabalho
Segundo estudo da Bain & Company, apenas 3% das mulheres no Brasil ocupam cargos de liderança, ou seja, quanto mais elevado um cargo, menor é a participação feminina.
Na América Latina, o Brasil é o segundo país com menos mulheres em cargos de alta gerência. Além disso, as mulheres demoram muito mais tempo para serem reconhecidas. De acordo com levantamento da Hays Executive, 55% das mulheres em cargos nível 1 têm idade entre 51 e 60 anos, enquanto a maioria dos homens têm entre 41 e 50 anos.
A desigualdade salarial também é algo já consolidado na sociedade. Mesmo realizando as mesmas funções que o homem no mercado de trabalho, a mulher pode ganhar até 30% a menos. Essa diferença dispara ainda mais quando se refere às mulheres negras.
Isso se reflete até mesmo no empreendedorismo. Segundo pesquisa de 2020 do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), mulheres donas do próprio negócio recebem 22% a menos que os homens.

Lugar de mulher é onde ela quiser
Além da luta por igualdade, a data deve ser lembrada como uma oportunidade para reflexão e aprendizado. É duro acreditar que em pleno século XXI ainda há quem diga que mulher não tem capacidade para executar determinadas tarefas e nem tão pouco para atuar em algumas profissões. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa o 92° lugar em relação à desigualdade de gênero. Precisaríamos de 59 anos para garantir a evolução neste âmbito. Ou seja, se quisermos de fato andar pra frente, precisamos formular políticas públicas para promover a igualdade feminina.
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